sexta-feira, 6 de março de 2009
Telefonia no Brasil é cara, diz ONU
Segundo a ONU - Organização das Nações Unidas, a telefonia celular e fixa do país é uma das mais caras do mundo, marcando uma lamentável posição de 77ª no ranking do índice geral dos países que se utilizam das modernas tecnologias comunicação pessoal.
O uso sistemático da telefonia celular no Brasil consome 7,5% da renda per capta, enquanto a telefonia fixa fica com a marca de 5,9% desse bolo.
Entre os mais baratos, empatam Hong Kong (China), Dinamarca e Cingapura, onde o uso do celular é responsável por só 0,1% da renda média. O contraste para o Brasil também é notável em relação a vizinhos como Argentina, onde a conta do celular é bem menor (2,5% da renda per capita).
A internet de banda larga, considerada uma importante ferramenta para o desenvolvimento econômico, tem um preço elevado no Brasil. De acordo com o estudo, seu custo mensal equivale a 9,6% da renda média per capita brasileira.
Com isso, o Brasil fica em 77º lugar na escala de preços, posição intermediária no ranking de 150 países, mas abaixo dos demais membros do Bric, o grupo dos grandes emergentes: Rússia (37º), Índia (73º) e China (75º), onde o acesso à internet de banda larga custa proporcionalmente menos.
Celular x fixo
O estudo da UIT registra verdadeira explosão no número de celulares no planeta, que no fim de 2008 atingiu a marca de 4 bilhões de aparelhos, mais de três vezes o de telefones fixos (1,3 bilhão).
"No mundo em desenvolvimento, os telefones celulares revolucionaram a telecomunicação e atingiram uma penetração de 61% no fim de 2008, contra quase zero, dez anos antes".
O Brasil é parte dessa revolução. Enquanto o número de linhas fixas caiu de 21,7 para 20,5 para cada cem brasileiros entre 2002 e 2007, o de celulares mais que triplicou no mesmo período, de 19,5 para 63,1.
No setor de internet, as cifras são mais modestas. De 2002 para 2007, o percentual de lares brasileiros com computador passou de 14,2% para 20,8%. O acesso à internet, que em 2002 estava em apenas 10,3% dos lares, em 2007 chegou a 15,4%.
O número ainda está longe dos do mundo desenvolvido, onde a média de lares conectados supera 70%. Ainda assim, no Bric, o Brasil só perde para a China, que pulou de 10,2% dos lares com computador em 2002 (5% com web) para 39,1% em 2007 (16,4% conectados).
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