O Código de Trânsito Brasileiro, em seu texto pune severamente os criminosos do trânsito com pesadas multas e registra pontos a menos em suas carteiras de habilitação, reservando punições leves, médias, graves e gravíssimas para os condutores de veículos, que desatentos à sinalização e normas, provoquem infrações ou deixem em risco a integridade física de outros motoristas, passageiros e de pedestres.
Esse mesmo código interpõe no complexo de suas leis e artigos, a Educação de Trânsito como currículo interdisciplinar, ainda na escola, como forma de educar o jovem, para que o mesmo seja o bom motorista do amanhã, preparado e consciente quanto a Segurança no Trânsito, para si e para a comunidade em que vive.
Na ordem lógica, cabe primeiramente aos pais, as primeiras noções quanto ao uso do automóvel e das vias públicas, não permitindo, por exemplo, que um menor dirija sem licença para tal e que seja sensível às orientações na escola e ao aprendizado no que se refere à matéria trânsito.
O município passa ter maior parcela de responsabilidade nas questões de trânsito depois da entrada em vigor do CTB há 11 anos. De acordo com o código, ele passa a ter recursos assegurados para investimentos em educação e melhorias no setor. Outro fator de grande importância é que a prefeitura passa ter autoridade máxima quanto ao sistema de trânsito da cidade, tendo o cidadão, como e onde reclamar, solicitar, etc.
Cabe a todos os segmentos da sociedade barra-garcense, o apoio à implantação de um Sistema de Educação de Trânsito nas escolas municipais, aos moldes da legislação vigente, pois a complexidade desta tarefa exige sacrifícios, não só da gestão pública municipal, mas de toda a sociedade organizada, pois o bem futuro será resultado da participação efetiva de todos aqueles que acreditam num trabalho educativo/preventivo.
Copiar algo de bom que já exista para o bem comum, não é demérito para ninguém. E copiar melhorando é meritório e tecnologicamente correto. Diante dessa premissa é que colocamos um projeto de largo alcance social no ar; o de se construir em Barra do Garças, uma cidade-mirim, coordenada a princípio pela prefeitura em parceria com entidades de classe, comércio e grandes corporações.
A cidade mirim apresentaria aspectos urbanísticos semelhantes à de uma cidade normal, só que em proporções diminuídas, com ênfase a ações de trânsito, ou seja, com semáforos, sinalização, ruas, calçadas, guardas mirins e todo um aparato de interatividade entre a cidade, a escola, monitores e alunos.
As aulas práticas seriam ministradas em horários e dias escalonados, escolhidos pela coordenação do programa, fazendo-se acompanhar de materiais didáticos e teatrinhos produzidos aqui mesmo na cidade, por pessoas da terra.
O ponto alto desse projeto ficaria por conta do grande interesse dos alunos em participar das brincadeiras de verdade, que vão leva-lo a observar todas as regras de trânsito e assim ser no futuro um motorista ou pedestre consciente. Experiências em inúmeras cidades brasileiras confirmam o sucesso de empreendimentos como esse.
Deixo a idéia para a apreciação das autoridades. Prefeito, vereadores, deputados, comandos militares, clubes de serviço, universidades, estudiosos e interessados. Estou disposto a colaborar por um trânsito mais humano e disciplinado, por isso, contem com o nosso apoio e assessoria neste projeto do futuro, agora no presente.
Mário De Angelis é publicitário, designer gráfico e estudioso em assuntos de trânsito.
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